O que é diabetes ?
Diabetes é uma condição na qual o organismo não consegue utilizar adequadamente a glicose. Depois de ingerido, uma parte do alimento é transformado num açúcar chamado glicose, o qual é usado para gerar energia dentro das células. A entrada da glicose nas células é facilitada pela insulina, um hormônio fabricado no pâncreas. No diabetes existe falta de insulina: a glicose deixa de entrar nas células, acumula-se no sangue e o excesso é excretado pelos rins.
O diabetes é muito freqüente ?
É. Existem muitos milhões de diabéticos no Brasil, mas uma grande parcela da população desconhece a sua condição.
No diabetes chamado Tipo 1, que geralmente acomete indivíduos jovens, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, sendo necessário a aplicação diária de injeções desse hormônio.
O diabetes Tipo 2 desenvolve-se habitualmente em pessoas acima dos 40 anos. Nestes, o pâncreas produz insulina, mas ela não é suficientemente ativa para a entrada adequada da glicose nas células. O tratamento consiste em exercícios, dieta e medicamentos que estimulam a produção de insulina.
Quais são os sintomas do diabetes ?
A glicose que deixa de entrar nas células é eliminada pela urina quando o nivel no sangue ultrapassa 170 mg/dL. Para eliminar esse excesso de açúcar, o rim forma mais urina retirando água dos tecidos. Esta perda de água provoca sede excessiva. A fadiga, fraqueza e perda de peso ocorrem porque o organismo está incapaz de usar a glicose para gerar energia. A falta de glicose dentro das células provoca, também, aumento do apetite numa tentativa infrutífera de prover energia ao corpo. Outros sintomas podem incluir infecções, dificuldade de cicatrização, formigamento e alterações da visão.
Os sintomas do diabetes podem ser controlados com tratamento adequado.
Qual é o papel do laboratório ?
O Laboratório dispõe de um elenco de testes que visam o diagnóstico e o acompanhamento do diabetes. Dentre eles destaca-se:
Glicemia: expressa o nível de glicose no sangue, cujo normal no indivíduo em jejum é 70 a 110 mg/dL. Nos diabéticos descontrolados, além dos sintomas citados, quando as taxas estão abaixo de 45 mg/dL há risco de coma hipoglicêmico e quando acima de 400 mg/dL há risco de coma hiperglicêmico. Os níveis da glicemia sofrem influência de vários fatores, tais como exercício, estresse, alimentação, álcool e medicamentos, e estão sujeitos a contínua flutuação ao longo do dia.
Glicosúria: significa presença de glicose na urina. Normalmente ela está ausente. Se a glicemia ultrapassar os 170 mg/dL começa a haver excreção de glicose pelos rins e aparece a glicosúria.
Curva glicêmica: consiste na determinação seriada das glicemias durante um intervalo de tempo (2 a 5 horas), depois do administração de uma sobrecarga de glicose. Há indivíduos diabéticos cuja glicemia de jejum é normal; contudo, depois de ingerirem alimentos (açúcar) a glicemia sobe a níveis anormais, porque a insulina produzida é insuficiente. O diagnóstico desses diabéticos depende da realização da curva glicêmica.
Hemoglobina glicosilada: hemoglobina é uma substância que circula no sangue dentro dos glóbulos vermelhos e é responsável pelo transporte de oxigênio a todos os tecidos do corpo. A hemoglobina liga-se a glicose presente no sangue, formando tanto mais hemoglobina glicosilada (também chamada hemoglobina A1c) quanto maior for a taxa da glicemia.
Como os glóbulos vermelhos se renovam a cada 2 ou 3 meses, a medição da hemoglobina glicosilada espelha exatamente se a glicemia esteve alta (mais hemoglobina glicosilada) ou baixa (menos hemoglobina glicosilada) durante esses últimos 2 a 3 meses.
O teste da hemoglobina glicosilada não substitui o necessário controle diário da glicemia, mas sim proporciona uma valiosa informação retrospectiva do diabetes, permitindo melhor gerenciar o seu controle.
Frutosamina: do mesmo modo que a hemoglobina, algumas proteínas do plasma também formam compostos glicosilados, sendo a frutosamina o principal. A frutosamina tem uma vida média curta: cerca de 20 dias. Desse modo, os seus níveis espelham a concentração da glicemia nesses 20 dias que antecederam o teste.
As informações temporais fornecidas por esses exames são, portanto, bem distintas e possibilitam uma avaliação efetiva do controle diabético: glicemia de jejum (avaliação imediata), frutosamina (controle a médio prazo) e hemoglobina glicosilada (controle a longo prazo).
Microalbuminúria: trata-se da pesquisa de quantidades incipientes de proteinas no urina, que revelam dano renal leve. Este exame laboratorial serve para monitorar as lesões renais ocasionadas pelo diabetes, que podem levar a sua insuficiência.
Auto-anticorpos: A presença dos auto-anticorpos anti-insulina, anti IA2, anti GAD e anti-ilhota, avalia o risco do aparecimento do Diabetes Tipo 1 em parentes de primeiro grau de indivíduos com a doença. Colabora também, no diagnóstico diferencial do Diabetes Tipo 1 e Tipo 2 e como indicador precoce vários anos antes da doença se manifestar.
É importante o diabético manter periódico acompanhamento médico para, principalmente, manter a glicemia dentro de uma faixa adequada, evitando as hiperglicemias e suas seqüelas tardias.
O texto acima foi extraído de um folheto explicativo, do Instituto de Análises Clínicas de Santos - Santos - SP
Procure ver seu médico como um profissional que está cuidando da sua saúde; alguém que está ao seu lado para ajudar. Então, converse com ele sobre a importância dos exames laboratoriais para monitorar sua diabetes. Todos nós da área de saúde formamos um grupo de pessoas, com atividades diferentes, porém com o mesmo foco e objetivo: SUA SAÚDE!
Dr. José Roberto Tavares Lima
Muito bom o seu artigo sobre o Diabetes. Justamente o que eu procurava, informações claras e objetivas.
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