A vesícula biliar (no desenho está em verde, à esquerda) é um órgão que armazena e libera a bile (um líquido viscoso), produzida pelo fígado (no desenho está acima da vesícula e ligada à ela) para digerir as gorduras. Quando o alimento passa do estômago para o intestino (tubo que no desenho aparece no canto inferior à direita) – o processo digestivo começa na boca, com a saliva e mastigação, e termina nessas duas cavidades - hormônios dão o sinal para a vesícula se contrair e enviar a bile, essencial na quebra das partículas gordurosas.
Tudo se complica quando pequenos resíduos sólidos – sim, elas mesmas, as pedras – se precipitam na bile. Depositados no fundo da vesícula, eles formam cálculos (nome dado pelos médicos aos “rochedos” biliares) capazes de causar problemas de digestão e comprometer órgãos vitais, como o pâncreas (órgão que no desenho aparece no canto superior direito). A bile se altera e seus componentes entram em desequilíbrio. Enquanto a bile ficar armazenada na vesícula sem ser usada na digestão, as pedras vão se formando (Dr. Alberto Goldenberg, professor da UNIFESP).
A bile é composta por diversas substâncias que convivem em perfeita harmonia. As principais são: colesterol, sais biliares e os fosfolipídeos.
Quando essas substâncias estão em desequilíbrio, o perigo é iminente, ou seja, a pedra vai se formar. Normalmente o colesterol elevado é quem desencadeia essa formação.
Diversos cristais microscópicos precipitam-se para o fundo da vesícula e reunidos podem formar pedras de até 4 centímetros.
Quando a bile é enviada para o intestino, corre-se o risco da pedra viajar junto e ficar presa no início do canal condutor, causando uma inflamação na vesícula chamada colecistite (ver figura).
Caso a pedra obstrua um pouco mais adiante, poderá fechar também o ducto do pâncreas (ver figura), promovendo a pancreatite aguda, que leva a falência do pâncreas e se não tratado a tempo, leva à morte.
Tudo se complica quando pequenos resíduos sólidos – sim, elas mesmas, as pedras – se precipitam na bile. Depositados no fundo da vesícula, eles formam cálculos (nome dado pelos médicos aos “rochedos” biliares) capazes de causar problemas de digestão e comprometer órgãos vitais, como o pâncreas (órgão que no desenho aparece no canto superior direito). A bile se altera e seus componentes entram em desequilíbrio. Enquanto a bile ficar armazenada na vesícula sem ser usada na digestão, as pedras vão se formando (Dr. Alberto Goldenberg, professor da UNIFESP).
A bile é composta por diversas substâncias que convivem em perfeita harmonia. As principais são: colesterol, sais biliares e os fosfolipídeos.
Quando essas substâncias estão em desequilíbrio, o perigo é iminente, ou seja, a pedra vai se formar. Normalmente o colesterol elevado é quem desencadeia essa formação.
Diversos cristais microscópicos precipitam-se para o fundo da vesícula e reunidos podem formar pedras de até 4 centímetros.
Quando a bile é enviada para o intestino, corre-se o risco da pedra viajar junto e ficar presa no início do canal condutor, causando uma inflamação na vesícula chamada colecistite (ver figura).
Caso a pedra obstrua um pouco mais adiante, poderá fechar também o ducto do pâncreas (ver figura), promovendo a pancreatite aguda, que leva a falência do pâncreas e se não tratado a tempo, leva à morte.
E COMO DÓI !!!
Os sintomas que anunciam a presença dos cálculos são basicamente dois: sensação de peso no estômago (o famoso empacho) e cólica biliar. O primeiro ocorre porque a bile fica retida na vesícula devido ao cálculo e a digestão não se completa direito. As dores resultam da contração da vesícula, que se retorce para enviar seu líquido, mas está cheia de obstáculos: AS PEDRAS.
O diagnóstico é feito pelo exame de ultra-som e baseado numa série de fatores, o médico orientará o paciente para o tratamento adequado. O mais interessante é que quando a orientação é para a retirada da vesícula, uma das opções (dependendo da situação em que se encontra o paciente) é a vídeo-laparoscopia, onde o paciente toma anestesia geral e o cirurgião retira a vesícula através de quatro furinhos abertos no abdômen. Apesar de termos uma opinião vinda da Medicina Chinesa diferente da opinião dos cirurgiões, cada caso deve ser avaliado individualmente e sempre acompanhado pelo médico gastroenterologista, que acompanhará a evolução do tamanho da pedra ou das pedras, o deslocamento dela(s) e a necessidade da cirurgia. O mais importante é que o paciente seja acompanhado, pois se a cirurgia for indicada, é imprescindível que ele vá para a cirurgia no seu melhor estado físico, de preferência assintomático ou com sintomas controláveis, ao invés de fazer uma cirurgia de emergência, todo descompensado.
Segundo o Dr. Thomas Szegö, do Hospital Israelita Albert Einstein, a cirurgia é minimamente invasiva e dura em média 1 hora. A recuperação é rápida e basta apenas uma noite internado. Após 3 dias, já dá para voltar à rotina normal. É claro que com a retirada da vesícula, as pedras jamais aparecerão.
A visão da maioria dos médicos gastroenterologistas é: “uma vez que a vesícula armazena bile que já sofreu modificação na sua composição, nunca mais voltará a ser a mesma. Desta forma, não adianta tirar a pedra e sim tirar a vesícula toda”.
Existem também outras alternativas para as pessoas que não querem ou não podem sofrer a cirurgia, por problemas diversos, como idade avançada, por exemplo. Uma delas é a ingestão diária de medicamento à base de ácido ursodesoxicólico, que deverá ser usado para sempre, porém, infelizmente só é eficaz em 10% dos casos. Uma outra alternativa é o tratamento por acupuntura, onde os pontos dos meridianos do fígado, vesícula biliar, baço-pâncreas e outros são estimulados ao longo do corpo, bem como pontos auriculares para complementar. Também são indicados fitoterápicos como silimarina (produzida a partir da planta Cardo mariano), para regenerar o fígado. Dieta é imprescindível, pois sabe-se que o colesterol é um dos grandes vilões.
Sabemos que a acupuntura e a fitoterapia são ciências da área de saúde e, portanto, devem ser praticadas por profissionais idôneos. Profissionais que realmente saibam ler um exame de ultra-som, exames de bioquímica do sangue e, principalmente orientar o paciente para trabalhar multidisciplinarmente com o médico gastroenterologista.
Os sintomas que anunciam a presença dos cálculos são basicamente dois: sensação de peso no estômago (o famoso empacho) e cólica biliar. O primeiro ocorre porque a bile fica retida na vesícula devido ao cálculo e a digestão não se completa direito. As dores resultam da contração da vesícula, que se retorce para enviar seu líquido, mas está cheia de obstáculos: AS PEDRAS.
O diagnóstico é feito pelo exame de ultra-som e baseado numa série de fatores, o médico orientará o paciente para o tratamento adequado. O mais interessante é que quando a orientação é para a retirada da vesícula, uma das opções (dependendo da situação em que se encontra o paciente) é a vídeo-laparoscopia, onde o paciente toma anestesia geral e o cirurgião retira a vesícula através de quatro furinhos abertos no abdômen. Apesar de termos uma opinião vinda da Medicina Chinesa diferente da opinião dos cirurgiões, cada caso deve ser avaliado individualmente e sempre acompanhado pelo médico gastroenterologista, que acompanhará a evolução do tamanho da pedra ou das pedras, o deslocamento dela(s) e a necessidade da cirurgia. O mais importante é que o paciente seja acompanhado, pois se a cirurgia for indicada, é imprescindível que ele vá para a cirurgia no seu melhor estado físico, de preferência assintomático ou com sintomas controláveis, ao invés de fazer uma cirurgia de emergência, todo descompensado.
Segundo o Dr. Thomas Szegö, do Hospital Israelita Albert Einstein, a cirurgia é minimamente invasiva e dura em média 1 hora. A recuperação é rápida e basta apenas uma noite internado. Após 3 dias, já dá para voltar à rotina normal. É claro que com a retirada da vesícula, as pedras jamais aparecerão.
A visão da maioria dos médicos gastroenterologistas é: “uma vez que a vesícula armazena bile que já sofreu modificação na sua composição, nunca mais voltará a ser a mesma. Desta forma, não adianta tirar a pedra e sim tirar a vesícula toda”.
Existem também outras alternativas para as pessoas que não querem ou não podem sofrer a cirurgia, por problemas diversos, como idade avançada, por exemplo. Uma delas é a ingestão diária de medicamento à base de ácido ursodesoxicólico, que deverá ser usado para sempre, porém, infelizmente só é eficaz em 10% dos casos. Uma outra alternativa é o tratamento por acupuntura, onde os pontos dos meridianos do fígado, vesícula biliar, baço-pâncreas e outros são estimulados ao longo do corpo, bem como pontos auriculares para complementar. Também são indicados fitoterápicos como silimarina (produzida a partir da planta Cardo mariano), para regenerar o fígado. Dieta é imprescindível, pois sabe-se que o colesterol é um dos grandes vilões.
Sabemos que a acupuntura e a fitoterapia são ciências da área de saúde e, portanto, devem ser praticadas por profissionais idôneos. Profissionais que realmente saibam ler um exame de ultra-som, exames de bioquímica do sangue e, principalmente orientar o paciente para trabalhar multidisciplinarmente com o médico gastroenterologista.
Então, sempre que você optar por tratamento alternativo, tenha critério na escolha do profissional e jamais aceite prescrição de quem não está apto a faze-la.
Gostei muito do texto sobre os cálculos biliares. Parabéns pela forma de abordagem (bem elementar). Voce está no rumo certo, esperamos o progresso gradual de um grande projeto. Abços. do Clovis.
ResponderExcluiremail: expertclovis@gmail.com
Adorei a sua explicaçao estava mesmo precisando.Que site maravilhoso. Abraços!!!!!
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