A osteoartrose, também chamada de artrose, processo degradativo articular, processo degenerativo articular etc., resulta de um processo anormal entre a destruição cartilaginosa e a reparação da mesma. Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos (unidos) que possuem algum grau de movimentação entre eles. São exemplos de articulações os joelhos, os tornozelos, os dedos das mãos, os dos pés, o quadril, as vértebras da coluna, os ombros, os cotovelos, os punhos, a mandíbula etc.. Em todas estas articulações está presente o tecido cartilaginoso.
VEJA NA FIGURA ACIMA OS NÓDULOS DE HEBERDEN
A função básica da cartilagem articular é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de choque quando submetido à forças de pressões (como no caso do quadril, joelho, tornozelo e pé), ou de tração, como no caso dos membros superiores. Para que este movimento de atrito entre dois ossos seja diminuído, outras estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos como no caso do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e, dos ligamentos, que ajudam a manter unidas e estáveis as articulações.
Uma articulação normal é formada por células chamadas CONDRÓCITOS, cuja função básica é fabricar todas as substâncias necessárias para o bom funcionamento da cartilagem articular. Dentre estas substâncias, encontra-se uma proteína denominada COLÁGENO, cuja finalidade é funcionar como uma malha de sustentação, retendo as demais substâncias existentes dentro da cartilagem (Sulfato de Glucosamina, Sulfato de condroitina, querato sulfato), que funcionam como moléculas que retêm água, ajudando, com isso, a absorção de stress mecânico de compressão e tração.
Na realidade, a cartilagem articular funciona como uma grande mola, ou uma esponja de silicone embebida em água. O estado de hidratação da cartilagem e a integridade da mesma, é fator preponderante para a não existência de degradação e, a não existência da patologia denominada de OSTEOARTROSE.
O segundo grupo, denominado de Osteoartrose Secundária, é formado por pessoas que, em virtude de algum fator agressivo ocorrido em determinado período da sua vida, passam a apresentar a patologia. Fazem parte deste grupo os indivíduos muito obesos, os que sofreram algum traumatismo articular (entorses, fraturas, luxações), os que sofreram algumas alterações hormonais específicas, os que executam esportes com micros traumatismos de repetição, os que executam esportes de desaceleração (saltos) etc...
Estas pessoas fazem parte de um grupo denominado de risco e, sem dúvidas, devem iniciar precocemente um tratamento preventivo, evitando ou minimizando a sintomatologia desagradável da patologia, a qual em fase avançada, é traduzida por dor e incapacidade funcional.
Enquanto antigamente somente a fisioterapia era usada como tratamento, novas drogas no dia de hoje são consideradas CONDROPROTETORAS e possuem papel de grande importância no tratamento e prevenção da OSTEOARTROSE.
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