Nos nossos dias, homens e mulheres se contaminam com esse tipo de vírus e nas mulheres os "estragos" são maiores.
O número de tipos diferentes destes "pestinhas" é de aproximadamente 150. Alguns deles são inofensivos e outros causam verrugas em mãos, pés e outros se instalam nos órgãos genitais. Destes 150 tipos, 40 têm preferência pela mucosa genital e dependendo do grupo a que pertencem, deflagram verrugas e tumores genitais.
Sabemos que com certeza 15 deles provocam tumores malignos e 2 são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero.
Vamos mostrar em 4 passos simples como as coisas acontecem:
1. A superfície do colo do útero é revestida por 3 camadas de células que se empilham e formam a mucosa. A camada basal ( a mais profunda) é onde o HPV precisa chegar para proliferar. As chamadas micrifissuras, que são bastante comuns nas mulheres, facilitam a entrada do vírus.
2. Assim, o vírus invade a célula sem dificuldades: atravessa a sua membrana e deposita o seu material genético, diretamente no núcleo.
3. O vírus encontra agora o ambiente perfeito para a sua reprodução. Lotando este espaço com suas réplicas, eles saem para infectar células vizinhas.
4. A multiplicação descontrolada de células cheias destes vírus, é o que causa as lesões: benignas, do tipo verrugas ou alterações cancerosas, dependendo do tipo do micro-organismo.
EXAMES PARA DETECTAR O HPV
Papanicolau: Com uma espátula, o médico colhe material do colo do útero e coloca em uma lâmina. Faz-se uma análise no microscópio. Este exame não detecta a presença do vírus, mas dá uma idéia para sabermos se há alteração das células.
Colposcopia: O colposcópio é um aparelho capaz de ampliar 20 vezes a imagem da vagina, da vulva, do colo do útero e do ânus. Para encontrar lesões, um líquido reagente é pincelado na mucosa, auxiliando na diferenciação do processo inflamatório. Nos homens o exame corresponde à peniscopia.
Biópsia: Quando os métodos anteriores acusam alterações celulares ou com características inflamatórias, retira-se uma pequena amostra do tecido suspeito e analisamos ao microscópio.
Captura Híbrida: O material é retirado do colo do útero com auxílio de uma pequena escova, que, depois, é mergulhado em um líquido desenvolvido para conservar as células. Essa técnica acusa a presença do HPV mesmo se não houver sintomas e determina se o microrganismo é de alto ou baixo risco na produção de câncer.
Existem ainda métodos mais recentes que denunciam os subtipos do HPV por meio da análise do seu DNA. Este método ainda é pouco difundido devido à falta de laboratórios preparados para fazer. A grande novidade do momento é um teste desenvolvido pelo norueguês Frank Karlsen que consegue mostrar entre as mulheres infectadas pelo virus de alto risco, quais estão mais sujeitas ao desenvolvimento do câncer de colo de útero. Nessas, "é quase certo que terão câncer de colo de útero se o exame der positivo" , diz o cientista.
AS VACINAS
A bivalente (que protege contra os tipos 16 e 18 do vírus, que são os que mais causam câncer) e a quadrivalente (que age contra os tipos 16 e 18 e, aidna afasta os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais, que são de difícil tratamento e altamente contagiosas), estão se difundindo em clínicas ginecológicas e clínicas de vacinas por todo o Brasil.
Alguns pediatras acham importante vacinar as meninas com 10 anos ou mais de idade, pois elas provavelmente ainda não tiveram ainda contato com nenhum dos tipos de HPV, por isso o benefício será maior ainda. Muitas mães estão vacinando suas filhas.
Nos estado de São Paulo existem várias clínicas de vacinas que estão fazendo a vacinação. O interessante é comparar qualidade de atendimento, procedência e armazenamento das vacinas, preço e forma de pagamento. Em Santos temos o Delboni Auriemo e a Mar Saúde atendendo nesta e em outras modalidades de vacina.
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