Quando se usa aspirina como forma de prevenir derrames em indivíduos saudáveis, menos pode ser mais, conforme estudo publicado na edição de hoje do Journal of the American Heart Association.
Enquanto o uso de aspirina pode reduzir o risco de derrame isquêmico em mulheres, a ingestão de mais de 15 comprimidos por semana dobra o risco de desenvolvimento de derrame hemorrágico, causado pelo sangramento do cérebro.
O derrame isquêmico, forma mais comum, é causado por coágulos ou outros bloqueios das artérias, restringindo o fluxo sangüíneo ao cérebro. O hemorrágico ocorre quando um vaso sangüíneo ou vasos do interior do cérebro se rompem, gerando sangramentos, sendo mais fatal do que o outro tipo.
"Esse é o primeiro estudo detalhado, em larga escala, da relação entre o uso de aspirina e o risco dos principais tipos de derrame", afirma JoAnn E. Manson, M.D..
A pesquisa sugere que pequenas doses de aspirina estão relacionadas à redução do risco de derrame isquêmico e que doses maiores podem aumentar o risco do derrame hemorrágico, especialmente entre mulheres idosas ou com hipertensão.
Foram utilizados dados coletados de 79319 mulheres saudáveis, entre 34 e 59 anos, para avaliar o uso de aspirina e o risco de derrame. As participantes foram monitoradas por 14 anos, de 1980 a 1994, período em que ocorreram 295 derrames isquêmicos e 100 derrames hemorrágicos. Quando tomada regularmente por sobreviventes de ataques cardíacos ou derrames, a aspirina pode evitar novas incidências.
Porém, o debate médico continua para determinar se pessoas saudáveis sem história cardiovascular devem utilizá-la rotineiramente como método de prevenção de um primeiro ataque cardíaco ou derrame. As mulheres que tomaram pequenas doses de aspirina (de 1 a 6 comprimidos por semana) apresentavam menor risco de derrame isquêmico. Aquelas que tomaram maiores doses (mais de 15 comprimidos por semana) tinham o dobro de risco de derrame hemorrágico, que era triplicado em mulheres idosas hipertensas.
Estudos prévios indicam que a aspirina pode ser efetiva na terapia de prevenção de um segundo derrame isquêmico em homens e mulheres. Entretanto, não indicam se o risco de altas doses de aspirina se aplicam aos homens.
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