A matéria a seguir é muito interessante. Resolvi publicá-la na íntegra, tal qual extraí da revista, para que você leitor aprecie e faça suas observações.
Fonte de pesquisa: Revista Sitios & Jardins
Você tem uma árvore que tem tudo para frutificar e não frutifica? Ou um arbusto que tem tudo para florescer e não floresce? A solução para o problema pode estar na ACUPUNTURA VEGETAL.
A acupuntura é tão antiga que data de 3000 anos antes de Cristo. Talvez por isso, seja o aspecto mais conhecido da milenar medicina chinesa. E não é de hoje, entre nós, sua fama de "milagrosa". Consta que a difusão no Ocidente se deu a partir das célebres viagens de Marco Polo, quase setecentos anos atrás.
A acupuntura é uma ciência e, como toda ciência, uma coisa complexa. Em todo o caso, poderíamos dizer que seu princípio básico é a busca do equilíbrio entre os polos positivo e negativo da energia que faz funcionar os seres vivos. Mal comparando, seria como se os seres vivos funcionassem a exemplo de qualquer aparelho elétrico. Nestes, como se sabe, existem dois polos de eletricidade (positivo e negativo), e o aparelho simplesmente não funciona se estiver ligado à apenas um dos polos e funciona mal se houver desarranjo entre eles.
Se você tem corrente de 220 volts em casa, fica mais fácil entender. Já deve ter observado que, quando por um problema qualquer "cai uma fase", a luz das lâmpadas fica fraquinha, o liquidificador gira devagar e alguns eletrodomésticos nem funciconam. Aí chega o pessoal da companhia de eletricidade e religa a tal "fase". Feito isso, desaparecem os sintomas dos problemas e, se o desequilíbrio de energia, não danificou irremediavelmente nenhuma "peça", tudo volta funcionar normalmente.
Agora, façamos a seguinte analogia. Imagine que exista num determinado ponto de um ser vivo qualquer, uma sobrecarga de energia positiva ou negativa. Este ponto, esta "peça", passa a funcionar mal e, conseqüentemente, tende a comprometer o funcionamento da "máquina" inteira. É aí que entra a acupuntura. Através de agulhas metálicas, já que os metais, sobretudo o ouro e a prata, são ótimos condutores de eletricidade descarrega se o excesso de energia (positiva ou negativa) deste ponto. Restabelecido o equilíbrio a "peça" volta a funcionar direito, desaparecem os sintomas do problema e a "máquina" passa a funcionar em condições normais.
Deu pra entender? Só que a acupuntura é de origem chinesa e, obviamente, tem toda uma terminologia própria. Assim, por exemplo, a energia positiva é chamada Yin, e ao conjunto das duas, a energia vital, os chineses deram o nome de Ki.
A essa altura você deve estar se perguntando: e a tal da acupuntura vegetal? Pois bem, vamos a ela. Foi um médico brasileiro quem talvez primeiro pensou no assunto. Trata se do Dr. Evaldo Martins Leite, que publica trabalhos à respeito desde 1976 e vem interessando no assunto outros acupunturistas, médicos e agrônomos. As pesquisas do Dr. Evaldo em acupuntura é no que se refere a reprodução, floração, frutificação, produção de sementes e crescimento das plantas. Pesquisa agora, maneiras de aumentar a resistência dos vegetais a pragas e doenças.
Segundo Dr. Evaldo, a energia positiva (Yang) é a responsável pelo crescimento e formação da copa das plantas. A energia negativa (Yin) responde pela formação de frutos, flores e sementes. Resultados satisfatórios, portanto, dependem da perfeita distribuição e do equilíbrio dessas energias em todas as células vegetais.
Entretanto, não se pode perder de vista que, como os seres humanos, as plantas também precisam de alimento e de determinadas condições para que tenham um desenvolvimento satisfatório. Assim, do mesmo modo que acupuntura nenhuma funcionaria numa pessoa que não se alimenta direito, ou que sobrevive em condições extremamente adversas, também não funcionaria em plantas que não encontrassem condições adequadas de subsistência. Em resumo, se as condições básicas estão sendo satisfeitas e, mesmo assim, a planta não floresce, por exemplo, a acupuntura pode resolver o problema. Caso contrário, não.
Faça você mesmo:
Dr. Evaldo assegura que, após suas pesquisas, fazer acupuntura em plantas não requer nenhuma grande especialização. Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento pode fazer. Basta ter em mente os seguintes critérios:
Os pontos de energia, nos vegetais, situam se principalmente na junção. Ou seja, na junção entre o caule principal e os secundários (que derivam dele). Em cada um dos ângulos formados por esta junção situa se um ponto de energia acumulada. Um ponto de energia que pode ser estimulado.
Os pontos Yang, de energia positiva, responsáveis pelo crescimento e formação da copa, predominam nos ângulos externos.
Os pontos Yin, de energia negativa, que respondem pela formação de flores, frutos e sementes, predominam nos ângulos internos.
Para a frutificação ou florescimento, é fundamental que o tratamento seja feito cerca de um mês antes da época prevista para início da brotação. A acupuntura deve ser aplicada nos ângulos internos, onde se acumula a energia Yin de polaridade negativa.
Faça o seguinte:
Insira, no ponto mais central (vértice) de 6 ou 7 das principais "forquilhas" da planta, dependendo do porte, pregos ou alfinetes. Se árvores e arbustos grandes, pregos; em plantas menores, alfinetes.
Os pregos ou alfinetes devem ser colocados com uma inclinação tal, que dividam exatamente ao meio cada um dos angulo internos das axilas. E devem ser empurrados, neste angulo, até uma profundidade de mais ou menos 1/5 do diâmetro do ramo.
Retirar, ou não, os pregos após a reação da planta fica a seu critério. Não é relevante.
Para estimular o crescimento, é fundamental que o tratamento seja feito no final do período de repouso vegetativo da planta. Na maioria dos casos, portanto, no final do inverno.
Proceda do mesmo modo explicado anteriormente, só que a acupuntura deve ser aplicada, obviamente, nos angulos externos, onde predomina a energia Yang (positiva).
Nada impede que ambos os tratamentos para florescimento e crescimento, por exemplo, sejam feitos simultaneamente. O importante é você ter em mente que a acupuntura é um processo de cura. Só deve ser usada, portanto, em casos de real necessidade.
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