(Extraído da palestra que proferi em outubro de 2003
“DEPRESSÃO E 3a IDADE”)
Para abordarmos esse
assunto, devemos entender primeiramente que o diagnóstico preciso e objetivo é
de suma importância, para que possamos aliviar todos os sintomas agudos o mais
rápido possível e podermos tratar até a resolução total ( cura ) os sintomas
crônicos.
Hoje em dia, pacientes e até
alguns profissionais de saúde, confundem alguns conceitos que devem ser
revisados. Existe um costume atual de denominar, por comodismo ou por
precipitação, qualquer estado de menos euforia, de depressão. Tudo agora se
resume em depressão. Vamos fazer, portanto, um estudo criterioso sobre algumas
palavras usadas para definir sentimentos, sensações e sintomas.
TRISTEZA: Sentimento natural resultante de reação
emocional diante de uma situação desagradável, como perda ou separação afetiva,
perda de um emprego ou bens materiais, e muitas outras. Sua expressão mais
comum é o choro, mas existem algumas pessoas que tem uma personalidade mas
reservada e preferem disfarçar ou "anestesiar" o que estão sentindo.
Na
Medicina Chinesa, a tristeza é um sentimento associado aos pulmões, por
exemplo, no processo de psicossomatização ( gerar uma doença física a partir do
emocional ), se um indivíduo não conseguir chorar diante de uma situação que
gera tristeza, ele poderá desenvolver alguma doença respiratória, como a
bronquite ou simplesmente ficar com os órgãos respiratórios mais frágeis, podendo
desenvolver uma doença contagiosa, como a pneumonia (é claro, que se tiver contato com os patógenos causadores da doença e sua imunidade estiver baixa).
ANGÚSTIA: Estado no qual a pessoa não consegue
expressar a tristeza; fica então remoendo mentalmente a situação desagradável
que enfrentou e nesse caso existe uma possibilidade muito eminente de desenvolver
uma doença psicossomática. É comum então, a sensação de aperto no peito e dor,
como uma pressão, tendo dificuldade de preencher os pulmões por completo na
inspiração, promovendo constantes suspiros.
MELANCOLIA: Também um estado de dificuldade em
resolver internamente a situação desagradável que gerou tristeza, mas nesse
caso a pessoa chora constantemente, por qualquer ou nenhuma situação
específica. É como se fosse uma tristeza acumulada crônica.
DISTIMIA: Estado no qual o indivíduo se encontra
estressado, cansado diariamente, já acorda como se a noite não fosse suficiente
para reabastecer sua energia vital, suas baterias encontram-se num nível apenas
para conseguir sobreviver; a pessoa quando nesse estado sente até vontade de
fazer mais coisas, de sair, mas não tem forças; parece uma preguiça crônica: no
máximo ela consegue cumprir com as suas obrigações diárias e mesmo assim com
muito esforço. Esse estado pode estar há pouco tempo ou permanecer por anos.
Geralmente nesses casos, não adiantam vitaminas, reposição de minerais ou de
hormônios, muito menos viajar ou tirar férias.
DEPRESSÃO: Para nosso estudo ficar ainda mais
preciso, vamos deixar claro as duas formas básicas:
DEPRESSÃO ENDÓGENA: É considerada uma doença
neurológica na qual o paciente fica com índices muito baixos de endorfinas e
serotoninas ( substâncias
geradas para se manter o ritmo fisiológico e as atividades mentais ). Não se
sabe ao certo como se adquire esse estado, se é algo transmitido pela
hereditariedade ou se é adquirido ainda na fase intra-uterina ou durante a
infância.
O
paciente refere sempre que o estado depressivo aparece sem causa específica e
alguns chegam a não querer comer, tomar banho, em suma não querem viver.
DEPRESSÃO REATIVA: Como o nome propõe, é gerada
por situações na vida cotidiana que nos são por demais desagradáveis. É muito
semelhante em sintomas à depressão endógena, mas não se trata apenas de um
estado físico, é um estado de origem psicológica e emocional que desenvolve
sintomas físicos e químicos no organismo, inclusive, e principalmente, no
cérebro.
Por
mais que todos esses sintomas, sentimentos e sensações se confundam entre si, é
de suma importância que todos os profissionais de saúde realizem um estudo
minucioso de cada um, para se fazer um diagnóstico correto. Apenas dessa forma
poderemos aliviar os incômodos o mais rápido possível até chegar a conclusão do
tratamento: A CURA.
Desta forma, o trabalho multidisciplinar é muito importante, pois muitas vezes o auxílio de um profissional da psicologia, da psicoterapia, da psiquiatria, farão muita diferença para termos uma certeza maior do diagnóstico, principalmente dessas
doenças que não se tem como fazer exames físicos, nem laboratoriais, dependendo
apenas da anamnese, do conjunto de queixas e da história do paciente para se
chegar a um diagnóstico.
Os tratamentos propostos pela Medicina Chinesa, são os
mais efetivos para tratar e curar todas as formas de depressão, distimia,
angústia e melancolia, de tal forma que na grande maioria dos casos, o uso da
medicação será diminuída, descontinuada e até retirada pelo médico que fez a
prescrição, uma vez que o paciente responde bem ao tratamento.
Hoje em dia, nos bons consultórios de acupuntura, o profissional bem preparado poderá oferecer um arsenal de técnicas elaboradas para cada caso específico e ainda assim personalizar o tratamento para cada paciente. Além da inserção de agulhas (técnica comprovadamente eficiente), temos o uso de magnetos, Florais de Bach, Homeopatias, Fitoterapias, LASERterapia, Auriculoterapia, todos eles comprovadamente de
ótimo resultado.
Portanto, se você se encaixou em um desses sintomas, não deixe de procurar um profissional para ser atendido (a) e melhorar sua qualidade de vida, afinal ninguém tem vida plenamente feliz quando se enquadra nesses sintomas.
Forte abraço à todos!
Dr. José Roberto Tavares Lima
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